Independiente del Valle 1×1 Atlético – Sangolquí
Um gol aos 92 minutos do camisa 92. E o Atlético volta para Belo Horizonte como favorito para decidir uma vaga na final da Copa Sul-Americana. Mas antes de pensar no confronto de volta com o Independiente del Valle o Galo tem uma final. O duelo com o Ceará, pela 30ª rodada, é confronto direto. Uma combinação ruim de resultados e o time mineiro pode terminar o fim de semana dentro da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Por isso não tem como falar dos confrontos pela Sul-Americana sem esquecer a situação do clube dentro do Brasileirão. Não tem como falar de terça-feira sem passar pelo sábado. E ouso dizer que a partida de volta da semifinal está diretamente ligada ao resultado do confronto do final de semana. É a promoção do Galo: levar dois pelo preço de um. Não tenho dúvidas que o Atlético avançará à decisão continental caso vença o Ceará. Já se tropeçar…
Em uma temporada de altos e baixos, com muito mais baixos é verdade, vencer a equipe cearense às vésperas de uma semifinal de torneio internacional pode mudar o ambiente do clube, pode mudar a relação fria que boa parte da torcida mantém com a equipe de 2025. Afinal de contas, em um ano ruim e com muitas derrotas, o Galo está apenas a 180 minutos de uma grande conquista.
Goste ou não do treinador. Goste ou não do jogador X ou Y. Goste ou não dos gestores do clube. Sábado é dia de a Massa lotar a Arena, focar somente nos 90 minutos e empurrar o Galo para uma vitória. A próxima partida, que vai interferir diretamente no jogo subsequente, é fundamental para o fim de ano atleticano. Vencer o Ceará é dar moral para todos dentro do clube no confronto de volta com o Independiente del Valle. Vencer o Ceará é ganhar um respiro no Brasileirão, começar a pontuar o quanto antes para ficar livre do sufoco como foi no ano passado.
A estratégia de Sampaoli
Rony é um jogador que definitivamente não caiu nas graças da torcida do Atlético. Como abordei em outro momento, muito se passa pela diferença entre expectativa e realidade. Claro que a o fato de levar o clube na Justiça pesa também para muita. Porém, mesmo com todas as deficiências técnicas, Rony tem seu valor. O jogo com o IDV é um ótimo exemplo.
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De fato Rony não foi bem com a bola nos pés. Rony nada produziu ofensivamente. Mas existe uma razão para Jorge Sampaoli ter escolhido começar com Rony ao invés de Hulk ou Dudu. Não tem como desconsiderar a condição de jogo. O Estádio Estádio Banco Guayaquil, em Sangolquí, cidade que fica na área metropolitana de Quito, está localizado a cerca de 2,8 mil metros de altura.
Assim como aconteceu lá no duelo de ida com o Bolívar, na fase anterior da Sul-Americana, a escalação e a estratégia de Sampoli levaram em consideração que não se tratava de um jogo comum. Um Atlético mais defensivo, com cinco na linha defensiva, quatro no meio de campo e Rony isolado na frente. Rony correu, correu e só correu. Mas foi para isso que ele foi o escolhido para ser titular.
Não fosse um pênalti inexistente, marcado mesmo com o VAR tentando evitar o erro do árbitro colombiano Carlos Betancur, a estratégia de Sampaoli teria sido perfeita. Um time para correr, para marcar e não sofrer defensivamente. E, nos minutos finais, sacar do banco de reservas os dois atacantes com maior qualidade técnica do elenco: Hulk e Dudu.
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Num jogo que estava 1 a 0, mas era para estar 0 a 0, o Atlético melhorou consideravelmente a partir do momento que colocou em campo dois de seus jogadores mais talentosos. E o empate veio numa jogada que teve Hulk dando assistência e Dudu colocando a bola no fundo da rede. Em um jogo com a interferência da altitude, contar com a dupla Hulk e Dudu inteira nos minutos finais fez toda a diferença.
Para o duelo da volta, Sampaoli tem a importante baixa de Gustavo Scarpa. Mas antes de pensar no Independiente del Valle, o Atlético foca somente no Ceará. E é deste jogo que vai sair o time para tentar coloca o Galo numa final continental pela segunda temporada consecutiva.
