O Lanús, da Argentina, é o adversário do Atlético na final da Copa Sul-Americana de 2025. A equipe da grande Buenos Aires bateu a Universidad de Chile, por 1 a 0, em casa (3 a 2 no placar agregado) e garantiu lugar na decisão que será disputada em Assunção, no Paraguai, no dia 22 de novembro. Com a classificação do Lanús o Galo sabe que terá de jogar a final com o uniforme 2, portanto, com a camisa branca.
Não se trata de uma opção do clube mineiro ou até do clube argentino. Por regulamento, quem define a combinação de uniformes é a Conmebol. A entidade que comanda o futebol da América do Sul adota um princípio básico: uma equipe joga com a camisa escura e outra vai de camisa clara. A preferência é sempre manter o mandante com o uniforme principal.
Embora a final seja disputada em campo neutro, existe um mandante simbólico na partida. E é o Lanús. O time argentino fez melhor campanha na fase de grupos da Sul-Americana. O Granate foi o líder do Grupo G, com 12 pontos conquistados. Já o Atlético foi o segundo colocado no Grupo H, com nove pontos, tanto que precisou disputar a fase de playoff, contra uma equipe que estava na Libertadores.
Basta uma rápida passada de olho nas redes sociais da Conmebol para ver que a entidade já trata o jogo como Lanús x Atlético.
Esse também foi o motivo pelo qual o Atlético teve a preferência de usar a camisa listrada na decisão da Libertadores passada, contra o Botafogo. O Galo era o mandante do jogo disputado em Buenos Aires. Como o Lanús utiliza um uniforme completamente grená, cabe ao Atlético jogar de branco em Assunção. A confirmação da combinação de uniformes deve ser divulgada pela Conmebol nos próximos dias, assim como detalhes da venda de ingressos.
Deu certo em 2014
O Lanús será adversário do Atlético pela terceira vez numa final continental. O Galo bateu a equipe argentina na Conmebol de 1997 e na Recopa de 2014. Se o atleticano mais conservador não curte a ideia de usar a camisa branca na final de Sul-Americana, vale lembrar que há 11 anos o Atlético usou o uniforme 2 no primeiro confronto da Recopa.
Então campeão da Libertadores, o Galo decidiu a Recopa no Mineirão e usou a tradicional camisa listrada em preto e branco no jogo que confirmou o título. Mas no duelo da ida, disputado no estádio La Fortaleza, do Lanús, o Atlético foi de camisa branca e venceu por 1 a 0. O gol foi de Diego Tardelli.
Exemplo nesta Sul-Americana
Para quem ainda acha estranho um time preto e branco ter de trocar a camisa para enfrentar uma equipe grená, o melhor exemplo vem desta própria Sul-Americana. Nas oitavas de final o Lanús teve o Central Cordoba em confronto caseiro.
No primeiro jogo, o time de casa, que também utiliza a camisa preta e branca, foi com o uniforme principal. Já no duelo da volta, disputado no campo do Lanús, o Central teve de jogar de branco.
Pedido do Galo
A combinação de uniformes é definida pela Conmebol com bastante antecedência. No caso da final, a escolha é feita semanas antes da partida, até para que a entidade faça fotos e vídeos para promover o jogo. Talvez um pedido do Atlético altere o protocolo da Conmebol para essa final.
Ao invés de o clube mineiro jogar todo de branco, uma hipótese seria usar a camisa listrada com o calção e os meiões brancos. No entanto, a Conmebol nunca se mostrou muito aberta para fazer esse tipo de alteração. Vale lembrar que na final da Libertadores de 2021 o Flamengo teve de jogar de branco contra o Palmeiras, justamente pelo critério adotado pela Conmebol há alguns anos.
