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Bernard: alegria na cabeça e Galo na semi

Atlético 1 x 0 Bolívar – Belo Horizonte

Uma noite diferente e especial na Arena MRV. O novo estádio do Atlético mais parecia o Mineirão de décadas atrás, ao melhor estilo dos anos 1990. Afinal, dentro de campo estava um Galo que faz um 2025 muito ruim e com vários jogadores em péssima fase. Porém, a torcida cantava mais alto a cada jogada errada. Para os atleticanos com mais de 40 anos, um ar de saudosismo, afinal era uma torcida de verdade empurrando um time em dificuldades. Como a Massa do Galo já fez inúmeras vezes.

E numa atmosfera que fez o atleticano lembrar do passado, nada melhor do que o herói da vez ser também alguém que já brilhou pelo Galo tempos atrás. Ídolo e campeão da América em 2013, Bernard retornou ao clube há mais de um ano e ainda não se firmou como titular. Pelo contrário, foram vários jogos importantes que ele nem sequer deixou o banco de reservas. Mas contra o Bolívar foi diferente e Bernard fez o torcedor do Atlético reviver uma série de emoções, já que o camisa 11 tem como sina fazer gols importantes pelo clube.

O gol diante do Bolívar se junta a outros grandes momentos de Bernard pelo Galo. Decisivo no título do Mineiro de 2012, com dois dos três gols na final contra o América. Teve também o golaço contra o Sport, na Ilha do Retiro, assim como os gols nas vitórias sobre Botafogo e Cruzeiro, nas rodadas finais do Brasileiro de 2012 e que garantiram ao Atlético um lugar diretor na fase de grupos da Libertadores de 2013.

Libertadores essa que jamais vai sair da memória do atleticano. Título que tem a assinatura de Bernard. Os três gols sobre o Arsenal, na goleada aplicada em solo argentino, são memoráveis. Mas nada chega perto daquele gol que abriu caminho para a vitória sobre o Newell’s Old Boys, na semifinal. E, na decisão, diante do Olímpia, não teve gol do Bernard, mas teve o cruzamento para o gol de Leonardo Silva

Busca por ajuda de profissionais

Bernard já foi o “Alegria nas Pernas”, na época em que era garoto e defendeu a Seleção Brasileira na Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo, de 2014. O jovem jogador foi titular do Brasil naquele fatídico 7 a 1 imposto pela Alemanha, no Mineirão, na semifinal da Copa. Um resultado que marcou a carreira de todos que estavam em campo, especialmente a de Bernard, que foi o escolhido para substituir Neymar, fora da disputa por uma grave lesão.

Por muito tempo Bernard se tornou alvo de críticas e até de piadas. O jogador contou em entrevista recente que precisou buscar ajuda de profissionais para superar aquele 8 de julho de 2014. Veja aqui a primeira parte da conversa com Bernard.

Mas o tempo passou, e agora o meia-atacante já é um jogador veterano. Aos 33, completados há menos de 20 dias, Bernard alegrou a noite do atleticano com um gol improvável de cabeça, aos 45 minutos da etapa final. Com 1,64m de altura, o camisa 11 completou com sutiliza mais uma belíssima assistência de Gustavo Scarpa, que foi de fato o grande nome do Atlético nos dois confrontos com o Bolívar.

E o futuro?

A torcida foi f…. pra c….., o gol da classificação foi aos 45 minutos do segundo tempo e o Atlético está na quarta semifinal de um torneio continental nas últimas sete participações – semifinal da Sul-Americana em 19 e da Libertadores em 21 e 24. Alegria por uma noite, mas preocupação pelo o que está por vir. Não fosse o adversário uma equipe boliviana bastante limitada tecnicamente, mas que se mostrou por vezes até mais organizado do que o Galo, fatalmente o texto teria o tom de lamento por mais uma derrota dentro de casa.

Embora tenha um Independiente del Valle pela frente na semifinal da Sul-Americana, o que realmente tira o sono do atleticano neste momento é a falta de bom futebol e a situação no Campeonato Brasileiro. Enquanto batia o Bolívar de forma emocionante e com pouca bola, o Galo caiu uma posição no Brasileirão após o triunfo do Vasco sobre o Bahia. Agora, o Alvinegro é o primeiro time fora da zona do rebaixamento.

Se o resultado mantém vivo o sonho de mais uma conquista internacional, a atuação diante do Bolívar só aumentou o medo de um novo rebaixamento. O time com Jorge Sampaoli demonstra sim ter mais atitude do que antes, mas o futebol ainda é de quem ocupa a lanterna no segundo turno do Brasileiro. É muito pouco para quem precisa conquistar 20 pontos para não cair. O próximo desafio é diante do Mirassol, que faz ótima campanha, está dentro do G4 e chega como favorito para o duelo na Arena MRV. Sem dúvidas um time muito mais qualificado do que o Bolívar.

A comemoração pela vaga na semifinal da Sul-Americana deve durar somente até as primeiras horas desta quinta-feira (25). Depois o foco deve ser total numa reação dentro do Brasileirão. Nas próximas cinco partidas o Galo faz quatro dentro de casa. Momento para tentar encontrar um futebol melhor e pontuar. Ficar numa situação confortável no certamente nacional para então então pensar no Independiente del Valle. Campeão duas vezes do torneio, o time equatoriano é hoje quem carrega um certo favoritismo nos confrontos com o Atlético.

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