Botafogo 1 x 0 Atlético – Rio de Janeiro
Quando o VAR acionou o árbitro Flávio Rodrigues para verificar um lance na área do Atlético, a transmissão do Prime não informou qual era o motivo. Num primeiro momento também não mostrou a imagem do que aconteceu. Pênalti Botafogo? Não! Mas antes fosse. No entanto, o chamado foi para expulsar o atacante Chris Ramos, que deu uma cotovelada em Igor Gomes. Naquele momento, o torcedor do Galo pensou: “lascou” – na verdade foi outra coisa, e vocês sabem o que é. Afinal, é tranquilo jogar contra o Atlético.
Ter um jogador a mais não faz a menor diferença, seja a expulsão no primeiro tempo, na etapa final ou até mesmo aos 30 segundos de uma decisão continental. Jogar contra um adversário com apenas 10 jogadores se tornou um martírio para o Galo. Nas últimas três vezes em que esteve em campo o Atlético não soube tirar proveito dessa vantagem numérica.
Contra o Santos até fez o 1 a 0, mas não segurou a vantagem. Empatou. Contra o Bolívar vencia por 2 a 1 e também não confirmou a vitória. Empatou e só não foi pior pois o time boliviano perdeu um pênalti. E contra o Botafogo foi um repeteco da final da Libertadores do ano passado, para deixar o atleticano ainda mais irritado.
O Atlético de 2025, definitivamente, é um elenco que não deu liga. O clube gastou mais de R$ 200 milhões na montagem da equipe desta temporada. Dinheiro gasto entre contratações, luvas, comissões e até renovações. Mas o time não andou. E, já estamos quase em outubro, não dá mostras convincentes que vá andar.
A constatação de que é tranquilo jogar contra o Atlético é de um amigo, que durante a partida contra o Botafogo me alertou atentou sobre uma situação. O treinador Davide Ancelotti, do Botafogo, fez a primeira substituição somente aos 28 minutos da etapa final. E esse meu amigo tem razão, já que o Atlético desmoronou feito um castelo de cartas ao sofrer o gol, logo no início da etapa final.
Para completar e reforçar como o Galo foi ineficiente durante o segundo tempo, o Ancelottinho nem se deu ao luxo de gastar as cinco alterações. Mesmo jogando a etapa final toda com um jogador a menos, foram somente três substituições, sendo a última delas aos 43 minutos, com muito mais ênfase em gastar o tempo do que qualquer outra coisa. Enfim, é muito tranquilo jogar contra esse Atético.
O primeiro tempo
O mesmo torcedor que segue xingando bastante após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro e que promove uma caça às bruxas nas redes sociais, é o torcedor que elogiava o time ao fim do primeiro tempo do jogo disputado no Estádio Nilton Santos. Apesar do empate sem gols, o Galo foi superior ao Botafogo na primeira parte do confronto.
Jorge Sampaoli repetiu a formação que utilizou diante do Bolíviar, pela Sul-Americana. No entanto, não era um Atlético tão recuado como foi em La Paz. Era um Galo que dava bastante atenção para a defesa, mais uma vez com cinco atletas na linha defensiva, mas era um Galo que tinha mais posse de bola e que criou as melhores oportunidades do primeiro tempo. A bola de Reinier na trave, após lindo passe de Hulk com o calcanhar, foi a melhor delas.
Naquele momento, na quarta partida de Sampoli à frente do time, a sensação era de uma melhora. A primeira desde a saída de Cuca, já que o jogo na Bolívia não tem como analisar em função da altitude. Porém, ainda foi muito pouco. A melhora se deu em comparação ao que o próprio time estava apresentando, mas para reagir no Brasileirão e ter sucesso na Copa Sul-Americana será necessário apresentar muito mais do que foi no primeiro tempo ok contra o Botafogo.







